Recebendo, nessa quarta-feira, uma visita do secretario de Estado dos EUA, Antony Blinken, a Ucrânia recebeu um suposto ataque russo. Estima-se que foram 16 mortos, pelo menos.
Nesse ataque é suposto que uma criança estava entre as vítimas. Dito, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, condenou o ataque, que estava perto do campo de batalha.
Ao que se pode confirmar, um mercado, lojas e uma farmácia foram alvo do ataque na cidade de Kostiantynivka.
“Este mal russo deve ser derrotado o mais rapidamente possível”, diz Zelenskiy.
Um funcionário do Departamento de Estado disse que Blinken anuncie um pacote assistencial com o valor de mais de US$1 bilhão durante a visita.
Biden conversou com o ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, e deveria se encontrar com Zelenskiy. Ele é o primeiro alto funcionário dos EUA a visitar Kiev desde o início da contra-ofensiva no início de junho.
Segundo relatos da mídia, comandantes norte-americanos dizem que contraofensiva da Ucrânia tem sido lenta e prejudicial. Essas críticas que irritaram as autoridades ucranianas e levaram Kuleba a dizer aos críticos para “calarem a boca”.
A Ucrânia recuperou mais de uma dúzia de aldeias e pequenos povoados em sua ofensiva. Mas a sua entrada no território controlado pela Rússia foi demorada por haver campos minados e trincheiras.
As autoridades norte-americanas afirmaram ter visto progressos na região sudeste apesar de criticarem.
O funcionário do Departamento de Estado disse que Washington queria discutir como estava indo a contra-ofensiva e avaliar as necessidades do campo de batalha, bem como quaisquer medidas que possam ser necessárias para reforçar a segurança energética da Ucrânia antes do inverno.
“Acho que o mais importante é obtermos uma avaliação real dos próprios ucranianos”, disse o funcionário. “Queremos ver e ouvir como eles pretendem avançar nas próximas semanas”.
Questionado sobre a visita de Blinken, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Moscovo acredita que Washington planeia continuar a financiar os militares ucranianos “para travar esta guerra até ao último ucraniano”.
Ele disse que a ajuda dos EUA a Kiev não afetaria o curso do que chamou de operação militar especial da Rússia.
CRESCENTE OPOSIÇÃO À AJUDA À UCRÂNIA
A visita de Blinken coincidiu com a aprovação do Parlamento da nomeação de Rustem Umerov como ministro da Defesa, após a demissão de Oleksii Reznikov. As autoridades não disseram se Blinken se encontraria com Umerov.
Durante a viagem de trem para Kiev, Blinken também conversou com a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, que estava de visita no mesmo dia.
Blinken agradeceu a Frederiksen pela doação de caças F-16 à Ucrânia e pela liderança de uma coalizão de nações para treinar pilotos ucranianos, disse um porta-voz do Departamento de Estado.
A Dinamarca e a Holanda anunciaram no mês passado que forneceriam mais de 60 F-16 fabricados nos EUA assim que os pilotos fossem treinados para pilotá-los – os primeiros países a oferecer os jatos.
Zelenskiy agradeceu aos aliados em uma postagem no Telegram: “Graças à coragem. Graças à unidade. Graças às armas. Graças ao apoio do mundo.”
O governo dos EUA forneceu até agora mais de 43 mil milhões de dólares em armamento e outra ajuda militar à Ucrânia desde a invasão russa em fevereiro do ano passado. Um novo pacote de assistência à segurança será anunciado esta semana, informou a Reuters na sexta-feira.
Mas vários candidatos presidenciais republicanos questionaram a ajuda dos EUA, alimentando preocupações sobre se Washington ainda apoiará a Ucrânia ao mesmo nível quando a campanha eleitoral dos EUA para 2024 se intensificar.