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Ataque ao porto ucraniano do Danúbio, mexerão com os preços

A Rússia lançou um ataque no principal porto interior da Ucrânia, localizado às margens do rio Danúbio e próximo à Romênia, provocando um aumento nos preços globais dos alimentos. O ataque visava impedir a Ucrânia de exportar grãos, destruindo edifícios no porto de Izmail e paralisando o carregamento de navios. Esses navios, provenientes do Mar Negro, estavam registrados para chegar a Izmail, tentando contornar o bloqueio imposto pela Rússia desde meados de julho.

O porto de Izmail é a principal rota alternativa da Ucrânia para exportações de grãos após o bloqueio russo ter interrompido o tráfego nos portos ucranianos do Mar Negro. Imagens divulgadas mostram incêndios em prédios destruídos e grãos vazando de silos danificados. A operação no porto foi suspensa, mas os trabalhos de reparo já começaram, de acordo com Yuriy Lytvyn, chefe da autoridade portuária, que garantiu que a infraestrutura portuária ainda está operacional.

Até o momento, não foram relatadas vítimas pelo governador da região de Odesa, Oleh Kiper. O presidente Volodymyr Zelenskiy classificou o ataque como um ato terrorista que ameaça a segurança alimentar global. Os preços do trigo em Chicago subiram quase 5% após o ataque, refletindo a preocupação com o impacto na oferta global devido à suspensão das exportações da Ucrânia, um dos maiores exportadores de grãos do mundo.

Ao longo das últimas duas semanas, a Rússia tem atacado repetidamente a infraestrutura agrícola e portuária ucraniana, recusando-se a estender um acordo que suspendia o bloqueio dos portos ucranianos durante o conflito no ano passado. Essas ações têm gerado tensões e preocupações sobre a situação na região. É importante acompanhar fontes de notícias confiáveis para obter informações atualizadas sobre o desenvolvimento dos acontecimentos entre Rússia e Ucrânia.

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Putin e Erdogan

O presidente Vladimir Putin conversou com o presidente turco Tayyip Erdogan sobre o acordo de exportação de grãos. O Kremlin reiterou a condição da Rússia para voltar ao acordo: a implementação de um acordo paralelo que melhore os termos de suas próprias exportações de alimentos e fertilizantes. Atualmente, essas exportações estão isentas de sanções, que o Ocidente acusa Moscou de ameaçar o abastecimento global de alimentos.

O gabinete de Erdogan afirmou que os dois líderes concordaram que Putin visitará a Turquia em breve. Putin, procurado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra, não fez nenhuma visita oficial ao exterior este ano, com exceção de uma viagem de um dia a Teerã há mais de um ano. Erdogan há muito tempo espera receber Putin e convencê-lo a voltar ao acordo de grãos.

Moscou justifica seus recentes ataques à infraestrutura de grãos da Ucrânia como retaliação a um ataque ucraniano em uma ponte para a Crimeia, que é usada para abastecer as tropas russas no sul da Ucrânia.

A embaixadora dos EUA, Bridget Brink, condenou os ataques em um comunicado, mencionando os recentes alvos russos que incluem casas, portos, silos de grãos, edifícios históricos, homens, mulheres e crianças. Ela afirmou que os ataques mostram que a Rússia não busca a paz, não considera a segurança das pessoas e não se preocupa com aqueles que dependem de alimentos da Ucrânia ao redor do mundo.

Kiev alega que o objetivo dos ataques é convencer a comunidade internacional e os armadores de que os portos ucranianos não são seguros para retomar as exportações, buscando assim restabelecer o bloqueio da Rússia.

Os produtores da Ucrânia já estão enfrentando o impacto desses ataques, com fazendeiros relatando dificuldades para entregar seus grãos contratados. Os portos fluviais do Danúbio, como Izmail, que representavam cerca de um quarto das exportações de grãos antes da saída da Rússia do acordo do Mar Negro, agora se tornaram a principal rota remanescente.

As Nações Unidas alertaram para uma potencial crise alimentar e fome nos países mais pobres do mundo devido à decisão da Rússia de abandonar o acordo intermediado pela ONU e pela Turquia.

As autoridades ucranianas relatam que Moscou atingiu várias instalações portuárias, navios civis e grandes quantidades de grãos durante os ataques. Além disso, a Força Aérea da Ucrânia afirma que a Rússia lançou um ataque de drones em Kiev e regiões vizinhas, com 23 drones derrubados pela defesa aérea, causando danos a prédios, mas sem vítimas relatadas inicialmente.

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