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Mesmo depois do resgate do Credit Suisse, crise bancária e vulnerabilidade sem precedentes persiste

Crise bancária

Reformas Pós-Crise Bancária: Abordando as Vulnerabilidades Financeiras

Desde a crise bancária que abalou o Credit Suisse, autoridades estão empenhadas em fortalecer a resiliência dos credores, especialmente na Suíça, após a fusão com o UBS.

Desafios Pós-Resgate: Uma Nova Abordagem à Liquidez Bancária

Um ano após o resgate do Credit Suisse, os reguladores estão empenhados em fortalecer os controles bancários, especialmente após o alerta de risco do UBS para o sistema financeiro suíço. Assim, Anat Admati, da Stanford Graduate School of Business, destaca a necessidade urgente de reformas.

As regras pós-2008 não conseguiram evitar a crise de 2023, quando saques sem precedentes expuseram deficiências na liquidez dos bancos. Os rácios de cobertura de liquidez (LCR) tornaram-se cruciais, mas agora há discussões sobre a necessidade de medidas mais ágeis.

Atualmente,os reguladores europeus consideram encurtar os períodos de avaliação da liquidez, como proposto por Michael Hsu, dos EUA. Contudo mudanças significativas podem significar bancos mantendo mais ativos líquidos, potencialmente aumentando os custos de financiamento.

Rumo a uma Regulação Mais Robusta na Europa: O Legado das Basileia III

As mudanças no setor bancário europeu entretanto, podem ser adiadas para o próximo ano devido à implementação das Basileia III. Inegavelmente, a supervisão da liquidez tornou-se uma prioridade após a crise do Credit Suisse.

Em meio às preocupações com novas corridas bancárias, o Banco Central Europeu (BCE) intensifica o escrutínio dos amortecedores de liquidez. Este enfoque decerto, visa garantir a estabilidade financeira e evitar crises sistémicas.

A discussão sobre a liquidez também levanta questões sobre os custos de financiamento. O aumento dos ativos líquidos e a revisão dos requisitos de capital podem impactar o setor, enquanto o BCE considera abordagens mais proativas para identificar sinais precoces de crises.

Desafios Específicos da Suíça: UBS e a Questão da Falência

Na Suíça, sobretudo, o foco regulatório está em garantir empréstimos de emergência mais eficazes. O Credit Suisse revelou vulnerabilidades ao ficar sem títulos para penhorar junto ao Banco Nacional Suíço (SNB), levando a pedidos de revisão das garantias aceitáveis.

O UBS, com um balanço massivo, está sob escrutínio, levando assim, a uma revisão das regras sobre ‘too big to fail’. Especialistas alertam para a necessidade de requisitos de capital mais rigorosos, considerando o potencial impacto sistémico.

A possível revisão das regras do UBS destaca preocupações de que a resolução rápida da crise de 2023 possa ter preparado o terreno para desafios maiores no futuro. Especialistas, como Cédric Tille, alertam que o UBS pode ser “grande demais para ser salvo”.

Considerações Finais: O Papel das Redes Sociais e a Evolução da Regulação

Em meio a receios de futuras crises, enfim, o BCE e outros reguladores globais estão explorando novas formas de monitorar o sistema. A vigilância das redes sociais emerge como uma ferramenta potencial para detectar corridas bancárias precoces.

Xavier Vives, da IESE Business School, destaca portanto, a necessidade de ajustes regulatórios ágeis. A rapidez das corridas aos depósitos exige uma resposta eficaz das autoridades para garantir a estabilidade do sistema financeiro.

Em resumo, as reformas pós-crise buscam abordar as vulnerabilidades expostas em 2023, especialmente no contexto do UBS e do Credit Suisse. As discussões em curso visam fortalecer a resiliência dos bancos e criar um sistema financeiro mais estável e seguro.

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