Ofensiva Mortal em Khan Younis
Na última terça-feira, as forças de Israel enfrentaram um dos dias mais desafiadores do conflito em Gaza, perdendo 24 soldados, o maior número de baixas em um único dia. O contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz militar, relatou que 21 soldados foram mortos quando dois edifícios programados para demolição explodiram após ataques militantes. Além disso, três soldados perderam a vida em um ataque separado no sul de Gaza.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enfatizou a gravidade da situação, declarando que o país não cessará seus esforços até alcançar a vitória absoluta. As fatalidades ocorreram no contexto do combate mais intenso de 2024, com as Forças de Defesa Israelenses (IDF) realizando uma ofensiva em Khan Younis, a principal cidade do sul de Gaza.
Consequências Humanitárias e Disputas em Meio ao Conflito
Nas 24 horas anteriores, o conflito deixou um rastro de devastação, com pelo menos 195 palestinos mortos, elevando o total para 25.490, de acordo com autoridades de saúde palestinas. Os moradores de Gaza relatam que as forças israelenses bloquearam hospitais, impedindo o acesso a feridos e mortos. O Crescente Vermelho afirmou que suas instalações foram atingidas, dificultando o envio de ambulâncias.
A população palestina celebra as perdas israelenses como uma vitória, enquanto os israelenses as veem como um sacrifício necessário na guerra contra o Hamas. A situação humanitária em Gaza é alarmante, com milhares de deslocados e falta de recursos básicos. Ambas as partes continuam a trocar acusações, exacerbando ainda mais as tensões na região.
Desdobramentos Políticos e Descontentamento Interno em Israel
Enquanto o conflito persiste, o descontentamento cresce em relação à estratégia de Netanyahu. O primeiro-ministro prometeu aniquilar o Hamas, mas a falta de discussão sobre os passos seguintes gera incerteza. A promessa pública de Netanyahu de nunca permitir um Estado palestino independente também desafia décadas de política dos Estados Unidos para o Oriente Médio.
Familiares de reféns em Gaza apelam por mais esforços para trazê-los de volta, mesmo que isso envolva reconsiderar a campanha militar. O ex-chefe do Estado-Maior militar, Gadi Eisenkot, sugeriu que a campanha não desmantelou o Hamas e convocou eleições para substituir um governo percebido como perdendo a confiança do público. O conflito também desencadeou violência em outras partes do Oriente Médio, ampliando as complexidades geopolíticas da situação.