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Trabalhadores argentinos pedem empregos a imagens

FotoJet 59

Na América do Sul, argentinos, que viram empregos e salários atingidos pelo mal-estar econômico e pela inflação desenfreada, fizeram fila em igrejas nesta segunda-feira para pedir emprego a São Cayetano, padroeiro do pão e do trabalho, alguns criticam os políticos por não fazerem o suficiente para ajudar.

O país sul-americano, que viu o desemprego subir para 6,9%  só neste primeiro trimestre, está marcado para as eleições primárias no domingo, nas quais a oposição conservadora deve superar a coalizão peronista no poder.

A disputa para a votação, na verdade um ensaio geral para as eleições gerais de outubro, foi dominada pela economia. A inflação de 116% atingiu as poupanças e os salários, enquanto aumenta a diminuição das reservas de caixa, uma taxa de juros altíssima, uma moeda do peso enfraquecida, controles rígidos de capital amorteceram a economia e os empregos.

“Caminhando por este bairro, há muitas pessoas que vieram de outras partes do país para pedir trabalho. As pessoas estão pedindo a um santo porque não podem pedir aos políticos”, disse o aposentado Juan Mura, 58 anos.

“Gostaria que os políticos viessem aqui e vissem a realidade do povo.”

O candidato da coalizão governista, o ministro da Economia, Sergio Massa, não está de forma alguma em desvantagem nas pesquisas, embora esteja atrás do principal bloco da oposição, dividido entre dois candidatos. Um libertário de extrema-direita também detém uma fatia importante da votação provável.

O rápido aumento dos preços dos vegetais, carnes e massas, aumenta a pressão sobre o governo, apesar de alguns sinais de arrefecimento nos últimos meses. O custo de vida ultrapassou o crescimento salarial, o que significa que muitos lutam mesmo tendo trabalho.

“Acho que talvez haja empregos, mas não há bons salários”, disse Betina Basanta, 57, na fila para entrar em uma igreja em Buenos Aires.

“Os salários não batem. É o pilar que falta. O trabalho dá dignidade, mas também é preciso poder viver.”

Armando Villar, 44, estava mais esperançoso. Ele disse que vinha orar a São Cayetano há anos e não havia se decepcionado até agora, apesar dos problemas econômicos de longa data do país.

“Venho aqui há muitos anos”, disse ele. “É a satisfação de estar aqui neste lugar e a verdade pelo menos para mim é que o santo nunca me abandonou. Sempre tive trabalho.”

Com a esperança nos políticos se tornando cada vez mais um conto do vigário, acreditar em imagens de Barro se provou ser mais satisfatório.  

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