quinta-feira, maio 2, 2024
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Gabriel Attal visita uma fazenda visando arrefecer animos de agricultores que prometem “cerco” a Paris

Visita do Primeiro-Ministro à Quinta e Antecipação do Cerco Agrícola

No domingo, o Primeiro-Ministro, Gabriel Attal, programou uma visita a uma quinta em Indre-et-Loire, um dia antes do início do tão anunciado “cerco à capital” planejado por agricultores insatisfeitos com as medidas governamentais. Embora, a situação, que inicialmente apresentava sinais de acalmia, agora ameaça esquentar novamente.

Durante a manhã, Attal explorará uma quinta de gado, seguida por um discurso programado para o final da manhã, conforme divulgado por fontes do Matignon. Esta movimentação acontece em meio às tensões crescentes, pois agricultores de diversos departamentos preparam-se para iniciar um cerco à capital a partir de segunda-feira, conforme anunciado pela FNSEA e Jovens Agricultores da Grande Bacia de Paris.

Reivindicações Agrícolas e a Decisão do Terreno

Porquanto, apesar das promessas do governo para atender às demandas do setor agrícola, os sindicatos expressam insatisfação. O presidente da FNSEA, Arnaud Rousseau ressaltou portanto, que o Primeiro-Ministro não abordou completamente as 122 reivindicações apresentadas. Assim, a continuação do movimento em nível nacional ainda está em discussão, e Rousseau enfatiza que a decisão dependerá do desenrolar dos acontecimentos no terreno.

Enquanto alguns bloqueios foram levantados no sábado, como em Bouches-du-Rhône, o presidente prometeu discussões locais sobre questões como gestão da água e necessidades de mão-de-obra estrangeira. A calmaria inicial sinaliza uma possível mudança na dinâmica do movimento, com as autoridades locais buscando resolver questões específicas.

Reações Divergentes às Medidas Governamentais

Aliás as reações à resposta do governo variam entre satisfação e descontentamento. Alguns, como Joël Tournier, porta-voz do movimento em Carbonne, sentem que foram ouvidos, mas reconhecem que nem tudo será perfeito imediatamente. Mas, em contraste, o presidente do sindicato FDSEA 30, David Sève, em Gard, insiste em manter bloqueios até que medidas específicas, como aquelas relacionadas ao vinho, sejam anunciadas.

Diante da crescente revolta no campo, o Primeiro-Ministro anunciou medidas de emergência na Occitânia, comprometendo-se a atender algumas das demandas mais urgentes dos agricultores. Essas medidas incluem o abandono do aumento do imposto sobre o gasóleo não rodoviário e compensações inflacionadas para criadores afetados pela doença bovina MHE. Contudo, as divergências persistem, evidenciando a complexidade das questões agrícolas em jogo.

Crise Agrícola e Perspectivas Futuras

Enfim, aproximando-se das eleições europeias de junho, a crise agrícola na França está sob observação atenta de Matignon. Movimentos similares de protesto entre agricultores em outros países da União Europeia acrescentam uma dimensão internacional ao cenário. François Ruffin, do Somme, destaca a necessidade de definir a direção da agricultura francesa e questiona se a competitividade com fazendas industriais estrangeiras é o objetivo ou se priorizar o abastecimento local é a meta.

A Rede de Ação Climática apela por medidas robustas que promovam uma distribuição mais equitativa de valor em favor dos agricultores, bem como o apoio das autoridades públicas para adaptar a agricultura aos desafios das mudanças climáticas. Em um contexto de incertezas e demandas crescentes, a resolução dessas questões se torna crucial para o futuro da agricultura na França.

Agnaldo

Após décadas no mundo do Business, fornecer informação se tornou meu Hobby preferido, pois tenho aprendido a conviver melhor com as diferenças"

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