Seis mil homens crucificados ao longo da Via Appia Antica

A Crueldade da Crucificação na Antiga Roma

No Ano 71 a.C.: Uma Barbaridade sem Precedentes

Há mais de dois mil anos, a maior crucificação da história ocorreu em Roma, envolvendo simultaneamente seis mil pessoas ao longo da Via Appia Antica. Ao passo que a brutalidade teve lugar durante a crise republicana, quando o general Sila se autoproclamou ditador, desafiando o Senado.

Revolta de Espártaco e a Terceira Guerra Servil

Todavia, “A Terceira Guerra Servil” liderada por Espártaco, que envolveu mais de 40 mil escravos rebeldes, trouxe instabilidade. Enfim, o conflito, que começou em 73 a.C., culminou na aniquilação pelos romanos em 71 a.C., resultando na crucificação de 6 mil rebeldes em um único dia.

O Significado da Cruz na Antiga Roma

Assim, a crucificação, era uma forma de pena de morte para os considerados não cidadãos, e considerada pelos romanos como extremamente cruel. Cícero, o filósofo, descreve este ato como uma punição terrível, e afirma que a palavra “cruz” deve ser evitada pelos cidadãos de Roma.

Distanciamento da Crucificação nos Cidadãos Romanos

Ademais, a pesquisadora Louise Cilliers destaca que a crucificação era raramente aplicada a cidadãos romanos. Assim sendo a morte por cruz considerada a forma mais brutal de execução na antiguidade, superando métodos como cremação e decapitação.

O Sofrimento dos Crucificados

Mas os crucificados podiam agonizar por dias, enfrentando sufocamento, perda de sangue, falência de órgãos e desidratação. Segundo a bíblia, Jesus, todavia foi torturado antes de ser crucificado, sofreu “flagelo” e tornou-se o crucificado mais famoso.

Origens da Crucificação: Do Império Assírio a Alexandre, o Grande

Império Assírio: Crueldade na Guerra

Anteriormente, entre 900 e 600 a.C., o império assírio tornou-se uma grande civilização conhecida por sua crueldade na guerra. A crucificação provavelmente teve origem com os assírios, sendo posteriormente adotada pelos babilônios e persas no século 6 a.C.

Influência de Alexandre, o Grande

Analogamente, Alexandre, o Grande, importou a brutal técnica de execução ao dominar o Mediterrâneo oriental. Mais de duas mil pessoas foram crucificadas pela invasão de Tiro, que acabou se estendendo para o Egito, Síria e Cartago.

Romanos e a Propagação da Crucificação

Crucificação em Terras Romanas

Os romanos aprimoraram a crucificação ao longo dos séculos, disseminando-a onde suas legiões conquistavam. As cruzes podiam ter formato de “T” ou “X,” sendo utilizadas principalmente para executar inimigos da sociedade, incluindo escravos e estrangeiros.

A Angústia dos Crucificados

Após despidos, os braços dos condenados pregados nàs traves da cruz, e para acelerar a morte, os soldados quebravam suas pernas, causando asfixia. Infelizmente, a crucificação persistiu por muitos séculos. Mas abolida pelo imperador Constantino I no século 4 d.C., marcando um passo crucial para a cristianização do Império Romano.