sábado, setembro 21, 2024
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Biden proibe investimentos em tecnologia dos EUA na China

O presidente Joe Biden tomou uma medida importante ao assinar uma ordem executiva nesta quarta-feira. Essa ação proibirá certos investimentos vindos dos Estados Unidos em tecnologias sensíveis na China, como chips de computador. Além disso, a ordem exigirá que o governo seja informado sobre investimentos em outros setores tecnológicos.

Essa ordem já era esperada há algum tempo e permite ao secretário do Tesouro dos EUA restringir ou proibir investimentos norte-americanos em empresas chinesas em três áreas específicas: semicondutores e microeletrônicos, tecnologia de informação quântica e certos sistemas de inteligência artificial.

A razão por trás dessa decisão é impedir que o conhecimento e o capital dos EUA contribuam para o desenvolvimento de tecnologias chinesas que possam ter implicações militares e ameaçar a segurança nacional dos Estados Unidos. A ordem visa especialmente investimentos de capital de risco, private equity, joint ventures e projetos greenfield.

O presidente Biden, que é membro do Partido Democrata, afirmou em uma carta ao Congresso que essa medida é uma resposta a uma emergência nacional para enfrentar a ameaça de avanços tecnológicos de países como a China, especialmente em áreas sensíveis para as forças armadas, inteligência, vigilância e capacidades cibernéticas.

Essa ordem concentra-se em investimentos em empresas chinesas que estão envolvidas no desenvolvimento de software para a criação de chips de computador e ferramentas para a sua fabricação. Os campos de semicondutores e microeletrônicos são dominados pelos EUA, Japão e Holanda, e a China tem buscado criar alternativas próprias.

O governo Biden consultou aliados e incorporou feedback de nações do Grupo dos Sete ao planejar essa ordem. O objetivo é evitar que o dinheiro norte-americano contribua para o avanço militar da China.

As novas regras não afetarão investimentos já existentes, somente investimentos futuros. A ordem também pode exigir divulgação de transações anteriores.

Embora seja possível que a medida aumente as tensões entre as duas maiores economias do mundo, as autoridades norte-americanas enfatizam que a intenção é tratar de riscos à segurança nacional, sem separar completamente as economias interligadas dos dois países.

A implementação dessa ordem está prevista para o próximo ano, após várias oportunidades para comentários públicos, incluindo um período inicial de 45 dias para coletar opiniões.

É importante observar que o senador republicano Marco Rubio criticou a ordem do governo Biden, argumentando que ela apresenta falhas e não aborda adequadamente tecnologias de uso duplo e outras indústrias consideradas críticas pela China.

A China expressou desapontamento com a decisão, destacando que mais de 70.000 empresas norte-americanas fazem negócios no país. A embaixada chinesa em Washington afirmou que essa restrição prejudicará as empresas de ambos os países e afetará negativamente a cooperação e a confiança dos investidores nos Estados Unidos.

A indústria de semicondutores dos EUA espera que essa ordem possibilite a competição em igualdade de condições e acesso aos principais mercados globais, incluindo a China.

Emily Benson, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), uma organização de pesquisa política bipartidária, enfatizou que as principais questões a serem consideradas são o impacto nas relações com os aliados dos EUA e como a China reagirá a essa medida.

Agnaldo

Após décadas no mundo do Business, fornecer informação se tornou meu Hobby preferido, pois tenho aprendido a conviver melhor com as diferenças"

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