sexta-feira, maio 17, 2024
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Incêndio em Joanesburgo – África do Sul

  Confirma que mais de 70 pessoas tenham morrido na noite do incêndio que atingiu o prédio de apartamentos em Joanesburgo, África do Sul.

Destruído pela fuligem, nesta quinta-feira, enquanto os serviços de emergência chegaram, os corpos estavam cobertos com cobertores numa rua próxima.

ÁREA DEGRADADA

Sendo propriedade de autoridades municipais, mesmo 12 horas após o início do incêndio, ainda não conseguiam fornecer uma imagem clara de quem ali vivia.

Um funcionário disse que alguns quartos podem ter sido alugados por gangues criminosas.

O Presidente Cyril Ramaphosa disse esperar que uma investigação sobre as causas do incêndio ajude a evitar que uma tragédia semelhante ocorra no futuro.

Leo, um jovem de 25 anos que sobreviveu ao incêndio, morava no segundo andar do prédio. Ele escapou junto com sua mãe pelas escadas.

“As pessoas estavam simplesmente fugindo. Estava escuro e havia fumaça. Não dava para ver nada”, disse ele.

Thando le Nkosi Manzini, um estudante que viu o incêndio na rua disse: “Vi um cara pulando do quarto andar”.

O governo municipal disse que pelo menos 73 pessoas morreram e 43 ficaram feridas no incêndio.

As autoridades de Joanesburgo sugeriram no início que o edifício tinha sido ocupado por invasores.

O prefeito, Kabelo Gwamanda, disse aos repórteres que o município alugou o local para uma instituição de caridade para mulheres, mas que “acabou servindo a um propósito diferente”, sem fornecer mais detalhes.

Lebogang Isaac Maile, chefe do departamento de Assentamentos Humanos da província de Gauteng, que inclui Joanesburgo, disse que alguns dos mortos podem ter alugado dinheiro a gangues criminosas que cobravam aluguel ilegalmente.

“Existem cartéis que atacam pessoas vulneráveis. Porque alguns desses edifícios, se não a maioria deles, estão na verdade nas mãos dos cartéis que cobram aluguel do povo”, disse ele aos repórteres.

PATRIMÓNIO DO APARTHEID

Uma placa na entrada do quarteirão o identificava como um edifício histórico do passado do apartheid na África do Sul. Era onde negros vinham recolher o seu “dompass” – documentos que permitiriam trabalhar em áreas da cidade pertencentes a brancos.

Joanesburgo continua a ser uma das cidades mais desiguais do mundo, com pobreza generalizada, desemprego e uma crise habitacional. Com cerca de 15 mil moradores de rua, segundo o governo de Gauteng.

Os incêndios domésticos são comuns, especialmente nas zonas pobres. Um dos municípios mais pobres, Alexandra, viu centenas de casas destruídas em vários incêndios nos últimos anos.

A cidade sofre com faltas crónicas de energia, durante as quais muitos recorrem a velas para iluminação e a lenha para aquecimento.

As autoridades disseram que a causa do incêndio ainda está sob investigação. Maile disse que isso demonstra um problema crônico de habitação em nossa província. Uma vez que há pelo menos 1,2 milhão de pessoas que precisam de moradia”.

Agnaldo

Após décadas no mundo do Business, fornecer informação se tornou meu Hobby preferido, pois tenho aprendido a conviver melhor com as diferenças"

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