sexta-feira, maio 17, 2024
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Decisão para novos membros do BRICS

Os países membros do bloco BRICS, composto atualmente por China, Brasil, Rússia, Índia e África do Sul, concordaram em uma expansão histórica ao admitir novos membros, incluindo Arábia Saudita, Irã, Etiópia, Egito, Argentina e Emirados Árabes Unidos. Essa expansão é vista como um esforço para reformar a ordem mundial que muitos consideram desatualizada.

Essa decisão representa a primeira expansão do BRICS em 13 anos e deixa a possibilidade de futuras adições, já que muitos outros países expressaram interesse em ingressar no grupo, com o objetivo de nivelar o campo de jogo global.

A inclusão desses seis novos membros traz um peso econômico significativo para o BRICS, com China, a segunda maior economia do mundo, liderando o caminho. Além disso, isso fortalece a ambição declarada do grupo de se tornar um defensor do Sul Global.

No entanto, pode haver tensões entre os membros do BRICS, especialmente entre aqueles que desejam usar o bloco como um contrapeso ao Ocidente, como China, Rússia e agora o Irã, e aqueles que mantêm laços estreitos com os Estados Unidos e a Europa.

O presidente chinês, Xi Jinping, foi um dos principais defensores dessa expansão e a considerou histórica, enfatizando a unidade e a cooperação com os países em desenvolvimento mais amplos.

O BRICS, originalmente um acrônimo criado por Jim O’Neill, economista-chefe do Goldman Sachs, foi fundado informalmente em 2009 e incluiu a África do Sul em 2010 em sua única expansão anterior.

Os novos membros entrarão oficialmente em 1 de janeiro de 2024, conforme anunciado pelo presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, durante uma cúpula de três dias em Joanesburgo.

Essa expansão reflete os desejos individuais dos membros do BRICS de trazer aliados para o grupo. Cada país convidado tem seus próprios laços e interesses que contribuíram para sua inclusão.

Embora essa expansão tenha o potencial de fortalecer a influência do BRICS no cenário global, o grupo enfrentou desafios para cumprir suas ambições, dada a diversidade de suas economias e objetivos de política externa. Apesar de abrigar uma grande parte da população mundial e do PIB global, as divisões internas têm prejudicado as ambições do BRICS de se tornar uma voz relevante no mundo.

No entanto, os líderes do BRICS, incluindo o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, reiteraram seu desejo por reformas em instituições globais como o Conselho de Segurança da ONU, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, refletindo seu crescente impacto no cenário internacional

Agnaldo

Após décadas no mundo do Business, fornecer informação se tornou meu Hobby preferido, pois tenho aprendido a conviver melhor com as diferenças"

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