Assassinato de Fernando Villavicencio, Equador fica em choque”
Um suspeito foi morto e outros seis indivíduos foram detidos em relação ao assassinato do candidato à presidência equatoriana, Fernando Villavicencio. A polícia equatoriana divulgou que os suspeitos presos são colombianos. O governo está em busca dos “autores intelectuais” por trás desse assassinato.
O trágico tiroteio ocorreu na noite de quarta-feira, menos de duas semanas antes das eleições, o que abalou profundamente o país sul-americano. Alguns adversários políticos suspenderam temporariamente suas campanhas em decorrência desse evento, trazendo à tona a preocupação com o aumento da violência.
Fernando Villavicencio, conhecido por suas críticas veementes à corrupção e ao crime organizado, foi morto após sair de um evento de campanha noturno em uma instituição educacional no norte de Quito.
O suspeito que foi morto havia sido ferido durante um tiroteio, conforme relatou o escritório do procurador-geral. Esse incidente deixou nove pessoas feridas, incluindo um candidato ao Legislativo e dois policiais.
O governo equatoriano revelou que o suspeito falecido já havia sido preso por posse ilegal de armas em julho. Os outros seis indivíduos detidos são membros de grupos ligados ao crime organizado. As nacionalidades colombianas dos suspeitos foram confirmadas pela polícia e pela assessoria de imprensa.
Juan Zapata, ministro do Interior, declarou que a Polícia Nacional realizou as primeiras prisões dos supostos executores materiais do crime e que estão determinados a descobrir não apenas os responsáveis diretos, mas também os autores intelectuais por trás desse ato terrível.
O presidente Guillermo Lasso considerou o assassinato uma tentativa clara de desestabilizar as eleições, mas reafirmou que a votação ocorreria conforme planejado em 20 de agosto, apesar da situação de emergência nacional.
Para auxiliar na investigação, o presidente Lasso solicitou a assistência do Federal Bureau of Investigation (FBI) dos Estados Unidos, e uma equipe do FBI está cooperando com as autoridades equatorianas.
A violência tem aumentado no Equador nos últimos anos, principalmente em cidades que fazem parte de rotas de tráfico de drogas, como Guayaquil e Esmeraldas.
As forças armadas foram mobilizadas em todo o país para garantir a segurança durante o processo eleitoral, de acordo com Luis Lara, ministro da Defesa.
O partido de Villavicencio, Movimiento Construye, rejeitou a exploração política da morte do candidato e exigiu uma investigação completa em um comunicado divulgado nas redes sociais.
O partido também condenou um vídeo não verificado que circulou, supostamente de um grupo criminoso chamado Los Lobos, que assumiu a responsabilidade pelo assassinato de Villavicencio. No entanto, a autenticidade e a origem desse vídeo não foram confirmadas pelas autoridades.
Com essa tragédia, a nação equatoriana enfrenta um momento desafiador em relação à segurança pública e à integridade política. A continuação do processo eleitoral é uma demonstração de resistência diante dos eventos violentos.
