sexta-feira, maio 17, 2024
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Boeing em Crise: Avaliação Crucial em Dublin

Escassez de Aeronaves Acentua-se com Incidente da Alaska Airlines e Inspeções Rigorosas nas Fábricas

Os principais financiadores da Boeing estão agora reunidos em Dublin, epicentro do setor financeiro, marcando o primeiro encontro desde a explosão em pleno voo que mergulhou a Boeing em uma nova crise de segurança. Este incidente agravou ainda mais a já presente escassez de aviões, à medida que os reguladores intensificaram as inspeções nas fábricas.

Locadores, banqueiros e companhias aéreas presentes, estão analisando as causas da recente interrupção parcial da produção do Boeing 737 MAX 9. Que resultou no incidente envolvendo a Alaska Airlines no início de janeiro. A indústria da aviação, que já enfrentava desafios para atender à crescente demanda pós-pandemia, agora se vê confrontada com uma nova camada de risco regulamentar devido ao incidente.

A escassez de mão de obra e peças tem sido uma batalha constante para a aviação nos últimos meses. No entanto, a indignação gerada pelo quase desastre, que resultou na aterrissagem de emergência com uma abertura na lateral da aeronave. Sem ferimentos graves, adicionou portanto complexidade ao cenário regulamentar. “A demanda é mais ou menos um golpe certeiro; a questão é quando a oferta se recuperará?” destaca Rob Morris, chefe de consultoria global da Ascend by Cirium.

Paralisação na Produção do 737 MAX: Riscos Negativos e Impacto nas Previsões de Produção

A Administração Federal de Aviação (FAA) tomou a decisão (incomum) de que interrompesse o aumento da produção do 737 MAX até que questões de controle de qualidade fossem abordadas. Sem indicar a duração do limite imposto, a FAA sinaliza que, quando levantado, os reguladores continuarão com verificações adicionais. O que podem impactar negativamente as previsões de produção.

A crise de segurança anterior, relacionada a acidentes fatais do MAX em 2018/19, já havia levado a reforços nos controles de design e desenvolvimento de aeronaves. No entanto, a recente explosão e a descoberta de parafusos soltos em outras aeronaves da frota podem complicar ainda mais o desenvolvimento. Além de desacelerar a produção, conforme apontam os analistas. Essas crises se somam aos desafios já enfrentados na cadeia de abastecimento desde o início da pandemia.

“Temos enormes desafios de OEM (fabricantes), seja no nível da fuselagem ou do motor, ou em subcomponentes como assentos e cozinhas”, destaca Steven Udvar-Hazy, presidente executivo da Air Lease Corp (AL.N). Enquanto as empresas de leasing podem se beneficiar com maiores retornos devido a grandes encomendas, companhias aéreas podem enfrentar lacunas na adoção de novas tecnologias. Que pode resultar em tarifas mais altas para os passageiros.

Desafios Adicionais para a Boeing na Reconstrução da Confiança e Impacto nas Tarifas Aéreas

A conferência em Dublin representa um teste crucial para a confiança dos proprietários, que representam mais da metade da frota mundial de aviões comerciais. A pressão sobre a Boeing intensificou-se, com pedidos de afastamento de executivos, incluindo o CEO Dave Calhoun, após o incidente da Alaska Airlines.

Enquanto a indústria aérea global enfrenta desafios significativos, a Boeing se compromete a reconhecer erros e evitar futuros incidentes, buscando reconstruir a confiança abalada.

Agnaldo

Após décadas no mundo do Business, fornecer informação se tornou meu Hobby preferido, pois tenho aprendido a conviver melhor com as diferenças"

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