Torcida Santista volta a cometer delitos
O advogado Marcelo Mendes, responsável pela defesa do Santos no caso das confusões ocorridas durante o clássico contra o Corinthians na Vila Belmiro na última quarta-feira, expressou sua satisfação com a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) de não interditar o estádio do time.
O presidente do STJD, José Perdiz de Jesus, determinou que o Santos jogasse sem torcida, inclusive como visitante, por um período de 30 dias, até que o caso fosse julgado pela corte. Caso o julgamento ocorra antes do prazo de 30 dias, a punição poderá ser alterada com base na quantidade de jogos em que o STJD decida proibir a presença da torcida do Santos.
Marcelo Mendes expressou sua aprovação em relação à sentença e revelou que a diretoria do Santos temia que a interdição do estádio pudesse incentivar os torcedores a procurarem o time em outros locais onde estivesse jogando. Ele também mencionou o “momento político conturbado” que o clube atravessa.
A Procuradoria do STJD apresentou uma denúncia na qual solicita que o Santos seja indiciado com base nos parágrafos I e III do artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que tratam de “deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir”:
I – desordens em sua praça de desporto; III – lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo.
A punição prevista é uma multa de até R$ 100 mil e, dependendo da gravidade, a perda de mandos de campo de um a dez jogos.
Devido à reincidência do clube, espera-se que a punição ao Santos seja mais severa. Em julho do ano passado, durante outra partida contra o Corinthians, válida pelas oitavas de final da Copa do Brasil, torcedores lançaram fogos de artifício e sinalizadores no gramado. Além disso, algumas pessoas invadiram o campo e agrediram o goleiro Cássio.
Naquela ocasião, o STJD determinou que o Santos jogasse duas partidas da Copa do Brasil com portões fechados e aplicou uma multa de R$ 35 mil ao clube. A punição foi cumprida em 2023.
Como resultado, o Santos jogou sem torcida na vitória contra o Iguatu, na segunda fase da Copa do Brasil. Já no confronto contra o Botafogo-SP, na terceira fase, a pena foi convertida, permitindo que o clube vendesse ingressos para mulheres não afiliadas a torcidas organizadas, crianças menores de 12 anos e pessoas com deficiência.
