sexta-feira, maio 17, 2024
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Hamas afeta Faixa de Gaza e os Palestinos

O Campo de Batalha Israel vs Hamas

Israel declara ter neutralizado 18 dos 24 batalhões do Hamas na Faixa de Gaza — e concluiu a desestruturação da sua presença militar e ideologia no norte.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmam que o Hamas contava com cerca de 30mil combatentes quando iniciou o ataque em 7 de outubro. O que resultou em aproximadamente 1,2 mil mortes e 250 reféns, segundo autoridades israelenses.

A IDF eliminou 13 mil combatentes, enquanto Netanyahu afirmou, em fevereiro, que as forças israelenses ‘neutralizaram, feriram ou capturaram’ mais de 20 mil terroristas. Assim representando mais da metade da força combatente do Hamas.

O gabinete político do Hamas nega as alegações de Israel. Contudo, uma reportagem do jornal israelense Haaretz sugere que o Hamas já está reconstituindo alguns de seus batalhões.

O Hamas pode recrutar novos combatentes facilmente, tornando esta métrica menos significativa. Jeremy Binnie, editor de Oriente Médio da revista Jane’s Defense Weekly, faz essa observação.

A ex-militar israelense Miri Eisin, destaca que as forças têm alvejado comandantes, descoberto esconderijos de armas e destruído o sistema de túneis subterrâneos do Hamas.

Jeremy Binnie, no entanto, salienta que os túneis são mais extensos do que se estimava inicialmente e que Israel enfrenta desafios consideráveis na sua destruição, especialmente devido ao risco de reféns.

No norte de Gaza, Israel parece estar aplicando uma pressão contínua, em vez de buscar uma eliminação completa do Hamas, conforme destacado por Binnie.

Apesar das alegações de violações do direito internacional e da análise do Tribunal Internacional de Justiça sobre denúncias de genocídio — que Israel rejeita como “profundamente distorcidas” —, Netanyahu insiste que Israel deve prosseguir e enfrentar os batalhões remanescentes do Hamas.

Desafios na Erradicação de uma Ideologia

Em partes do mundo árabe, o Hamas é amplamente reconhecido como um movimento de resistência, enquanto muitos países no Ocidente condenam seus líderes por incitar à destruição de Israel.

Desde 2007, o Hamas governa a Faixa de Gaza após vencer as eleições e expulsar violentamente seu principal rival político, o Fatah palestino. Ao longo das últimas duas décadas, o Hamas disparou milhares de foguetes de Gaza contra Israel, frequentemente em resposta à violência e ao conflito com as forças israelenses na Cisjordânia ou em Jerusalém Oriental.

A Persistência da Ideologia

Hugh Lovatt, especialista em Oriente Médio no Conselho Europeu de Relações Exteriores, argumenta que o Hamas transcende a mera categoria de movimento militar ou político, representando uma ideologia profundamente enraizada. Lovatt diz que essa ideologia não será suprimida pela força. Isso especialmente em um contexto onde os palestinos se sentem desprovidos de perspectivas políticas para a autodeterminação.

Amjad Abu El Ezz, professor de relações internacionais na Universidade Árabe Americana na Cisjordânia, explica que muitos palestinos apoiam o Hamas devido à desesperança em relação ao futuro. Por outro lado, Netanyahu historicamente se opôs à criação de um Estado Palestino, citando preocupações de segurança e a recusa do Hamas em reconhecer Israel.

O aumento dos assentamentos na Cisjordânia pelo governo israelense tem gerado críticas e exacerbado as tensões na região. O ano de 2023 registrou o maior número de mortes desde 2005, levantando preocupações sobre a escalada do conflito e a persistência do descontentamento.

A frustração com a Autoridade Palestina, controlada pelo Fatah, também é um fator significativo. Moradores de Gaza e da Cisjordânia expressam indignação com a ocupação israelense, a violência dos colonos judeus e a falta de perspectivas de futuro.

Enquanto a ocupação persistir e as atrocidades continuarem, o Hamas continuará a exercer influência sobre aqueles que buscam esperança e resistência.

Agnaldo

Após décadas no mundo do Business, fornecer informação se tornou meu Hobby preferido, pois tenho aprendido a conviver melhor com as diferenças"

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