Índia proibe peças Chinesas em drones militares
Índia esta proibindo fabricantes de drones militares de usar componentes fabricados na China devido a preocupações com vulnerabilidades de segurança. Essa ação faz parte dos esforços da Índia para modernizar sua capacidade militar e expandir o uso de drones não tripulados para fins de vigilância e defesa.
A medida visa reduzir a dependência da indústria de drones da Índia em relação a componentes chineses, devido a preocupações sobre possíveis lacunas de segurança que poderiam comprometer a coleta de informações por meio das funções de comunicação, câmeras, transmissão de rádio e software operacional dos drones. A Índia está tentando desenvolver sua indústria de drones e melhorar suas capacidades autônomas para atender às necessidades de modernização de suas forças armadas.
A Índia já tinha implementado restrições de importação para drones de vigilância desde 2020 e agora está expandindo essas restrições para incluir componentes específicos de países que compartilham fronteiras terrestres com a Índia, principalmente a China. A medida também está sendo implementada por meio de licitações militares, nas quais os potenciais fornecedores de drones são informados de que não podem usar equipamentos ou subcomponentes chineses devido a preocupações de segurança.
Essa proibição de componentes chineses está aumentando os custos de fabricação de drones militares na Índia, uma vez que muitos dos componentes necessários são provenientes da China. Isso está forçando os fabricantes indianos a buscar alternativas em outras fontes, o que pode aumentar os custos de produção.
Além disso, a Índia enfrenta desafios tecnológicos na produção de drones, já que depende de fabricantes estrangeiros para peças e sistemas completos. A falta de know-how interno para fabricar certos tipos de drones está atrasando projetos locais, como o programa de produção de um sistema não tripulado de média altitude e longa resistência chamado Tapas.
Para preencher as lacunas em sua capacidade de drones, a Índia anunciou planos para adquirir drones dos Estados Unidos, como os drones MQ-9, a um custo de mais de US$ 3 bilhões.
No entanto, especialistas também observam a necessidade de investir em pesquisa e desenvolvimento para fortalecer a indústria de drones da Índia e superar as lacunas tecnológicas. Isso envolve promover a colaboração entre empresas privadas, governo e instituições de pesquisa para impulsionar a inovação na produção de drones e na tecnologia associada.
Em resumo, a Índia está tomando medidas para reduzir sua dependência de componentes chineses na produção de drones militares, devido a preocupações de segurança e à busca por maior autonomia tecnológica. No entanto, essa transição não está isenta de desafios, incluindo o aumento dos custos de produção e a necessidade de investimento em pesquisa e desenvolvimento para fortalecer a indústria de drones no país.
