Muito ainda a de se resolver sobre Bancos
Problemas ainda permanecem no setor bancário dos EUA, onde as ações dos bancos permaneceram sob pressão, apesar de vários grandes bancos terem depositado US$ 30 bilhões no First Republic Bank ( FRC.N) , uma instituição abalada pelas falências do Vale do Silício(SVB) e do Signature Bank (SBNY. O) .
No domingo, o First Republic viu suas classificações de crédito rebaixadas para o status de lixo pela S&P Global, que disse que a infusão de depósitos pode não resolver seus problemas de liquidez.
Os depósitos bancários dos EUA se estabilizaram , com fluxos de saída diminuindo ou parando e, em alguns casos, revertendo, disse uma autoridade dos EUA no domingo, acrescentando que os problemas do Credit Suisse não estão relacionados às recentes corridas de depósitos em bancos americanos e que os bancos americanos têm exposição limitada ao Credit Suisse.
A US Federal Deposit Insurance Corp (FDIC) planeja relançar o processo de venda do Silicon Valley Bank (SIVB.O) , com o regulador buscando uma possível separação do credor, segundo pessoas a par do assunto.
Também há preocupações sobre o que acontecerá a seguir no Credit Suisse e o que isso significa para investidores, clientes e funcionários.
Em um memorando aos funcionários que foi visto pela Reuters e referenciado pontos de discussão com clientes, o Credit Suisse disse que, uma vez que a aquisição esteja completa, os clientes de gestão de patrimônio podem querer considerar a transferência de alguns ativos para outro banco se a concentração for uma preocupação.
O acordo também tornará o único banco global do UBS Switzerland e a economia suíça mais dependente de um único credor.
“O desastre do Credit Suisse terá sérias ramificações para outras instituições financeiras suíças. Uma reputação nacional com gestão financeira prudente, supervisão regulatória sólida e, francamente, por ser um tanto sisuda e chata em relação aos investimentos foi apagada”, disse Octavio Marenzi, CEO da Opimas, em Viena.
O presidente do UBS, Kelleher, disse em uma coletiva de imprensa que encerrará o banco de investimentos do Credit Suisse, que tem milhares de funcionários em todo o mundo. O UBS disse que espera uma economia anual de custos de cerca de US$ 7 bilhões até 2027.
O banco central suíço disse que o acordo de domingo inclui 100 bilhões de francos suíços (US$ 108 bilhões) em assistência de liquidez para UBS e Credit Suisse.
As ações do Credit Suisse perderam um quarto de seu valor na semana passada. O banco foi forçado a recorrer a US$ 54 bilhões em financiamento do banco central enquanto tentava se recuperar de escândalos que minaram a confiança.
Sob o acordo com o UBS, alguns detentores de títulos do Credit Suisse são grandes perdedores. O regulador suíço decidiu que os títulos do Credit Suisse com um valor nocional de US$ 17 bilhões serão avaliados em zero, irritando alguns dos detentores da dívida que pensaram que estariam mais protegidos do que os acionistas no acordo de aquisição anunciado no domingo.
(US$ 1 = 0,9280 francos suíços)
