sexta-feira, maio 17, 2024
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Incendio faz 96 vitimas em Maui-Hawai, a busca continua

No último domingo, a tragédia dos incêndios florestais em Maui se agravou, com o número de vítimas fatais chegando a 96. Enquanto familiares dos desaparecidos continuam sua busca angustiante por qualquer sinal de sobrevivência de seus entes queridos, os sobreviventes lutam para lidar com a escala avassaladora da catástrofe. Nesse contexto doloroso, muitos encontram consolo e conforto nas reuniões religiosas dominicais.

Os incêndios, que assolaram a histórica cidade turística de Lahaina, causaram destruição massiva durante os dias anteriores. A luta das equipes de bombeiros contra as chamas persiste, com cães farejadores rastreando os destroços carbonizados em busca de vítimas. Lamentavelmente, esses incêndios já ganharam o título de pior desastre natural registrado no Havaí. Esse triste marco supera até mesmo a triste lembrança de um tsunami que tirou a vida de 61 pessoas em 1960, apenas um ano após o Havaí se tornar um estado dos EUA. Além disso, esse evento marcante também é o incêndio florestal mais mortal nos Estados Unidos desde 1918, quando um incêndio em Cloquet, Minnesota e Wisconsin, ceifou a vida de 453 pessoas, conforme relatórios da National Fire Protection Association.

No meio de tanta tristeza e desolação, muitos dos sobreviventes buscaram conforto nos cultos de domingo. Akanesi Vaa, de 38 anos, compartilhou sua experiência de fuga, onde sua família enfrentou o trânsito congestionado em meio às chamas, mas conseguiram escapar a pé. Ao longo do percurso, uma mulher idosa passou um bebê para Akanesi Vaa para que ela cuidasse, enquanto também buscava sua própria segurança. Esse gesto desafiador reforçou a crença na transformação das adversidades em algo belo. Para muitos, frequentar a igreja na Catedral do Rei em Kahului foi uma forma de encontrar esperança em meio à dor.

Líderes religiosos, como Scott Landis, pastor da Igreja Keawal’i, notaram uma notável presença de congregantes em suas igrejas no domingo subsequente aos incêndios. A multidão de cerca de 100 pessoas, quase o dobro do esperado para um domingo de agosto, demonstrou um desejo genuíno por palavras de encorajamento e otimismo. Entre os presentes, havia aqueles que estavam aguardando notícias de parentes e amigos desaparecidos, enfrentando o medo do desconhecido.

Enquanto a comunidade buscava entender o que aconteceu, o governador do Havaí, Green, comprometeu-se a conduzir uma investigação abrangente sobre a resposta ao incêndio e a eficácia dos sistemas de alerta de emergência. Muitos residentes questionaram a eficiência dos avisos prévios, uma vez que alguns relataram ter recebido pouca ou nenhuma informação sobre a iminente catástrofe. Alguns encontraram-se repentinamente cercados pelas chamas e tiveram que tomar medidas extremas, como mergulhar no Oceano Pacífico, para escapar.

A reconstrução de Lahaina apresenta um desafio considerável, com estimativas apontando para um custo de US$ 5,5 bilhões. A Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (FEMA) contabilizou mais de 2.200 estruturas danificadas ou destruídas e uma área de 2.100 acres (cerca de 850 hectares) consumida pelo fogo. A jornada rumo à recuperação é árdua, mas a comunidade se une na crença de que, como as cinzas que surgiram desse trágico evento, Lahaina surgirá renovada e mais forte do que nunca.

Agnaldo

Após décadas no mundo do Business, fornecer informação se tornou meu Hobby preferido, pois tenho aprendido a conviver melhor com as diferenças"

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