Europa pode se tornar dependente das báterias chinesas
A União Europeia poderá ficar dependente da China para obter baterias, assim como era com a Rússia para energia antes da guerra na Ucrânia.
Um documento vazado servirá como base para discussões sobre a segurança econômica da Europa durante uma reunião em Granada, Espanha. A reunião está marcada para o dia 5 de outubro.
Preocupados com a crescente influência econômica da China, os líderes discutirão as propostas da Comissão Europeia para reduzir o risco da alta dependência da China. Além da necessidade de diversificar em direção a África e América Latina.
Devido à natureza das fontes de energia renovável, como solar e eólica, a Europa precisará armazenar energia para alcançar a meta de zero até 2050.
O documento afirma que a demanda por baterias de íon de lítio, células de combustível e eletrolisadores deverá aumentar consideravelmente nos próximos anos.
Embora a UE tenha uma posição forte na montagem de eletrolisadores, ela é altamente dependente para células de combustível e baterias de íon de lítio.
Sem ações robustas, a UE poderá enfrentar uma dependência da China até 2030, semelhante à que tinha com a Rússia antes da guerra na Ucrânia.
Em 2021, a UE importou significativas quantidades de gás, petróleo e carvão da Rússia, causando um impacto nos preços de energia e inflação.
Além das baterias e células de combustível, o documento da presidência espanhola também destaca a vulnerabilidade da UE no espaço da tecnologia digital, com previsões de aumento na demanda por dispositivos digitais.
Até 2030, essa dependência externa poderá prejudicar a produtividade da indústria e serviços europeus, bem como a modernização dos sistemas agrícolas necessários para enfrentar as mudanças climáticas.