EUA Aperta Controle sobre Baterias de Carros Elétricos da China
Os Estados Unidos estão atualmente intensificando seus esforços para eliminar qualquer envolvimento de trabalho forçado nas cadeias de suprimentos chinesas, concentrando-se em produtos recentemente sob escrutínio, como baterias para veículos elétricos e outras peças automotivas. Um documento que veio à luz, visto pela Reuters e com base em estatísticas e fontes da agência, detalha essa iniciativa.
Até agora, a atenção estava principalmente voltada para produtos como painéis solares, tomates e roupas de algodão fabricados em Xinjiang, China, devido a preocupações com campos de trabalho forçado e abusos contra grupos minoritários muçulmanos. No entanto, agora estão sendo enfatizados componentes como baterias de íon-lítio, pneus, alumínio e aço, todos cruciais na fabricação automotiva. Essas peças estão enfrentando um aumento nas inspeções da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP) na fronteira.
Esse foco mais intenso nas cadeias de suprimentos automotivas pode acarretar desafios para as montadoras, pois precisarão fornecer evidências sólidas de que suas peças não têm conexões com regiões suspeitas de práticas de trabalho forçado. O governo Biden busca eliminar a dependência de combustíveis fósseis e combater as mudanças climáticas, com a energia solar e os veículos elétricos sendo componentes essenciais desse esforço.
Quando ocorrem detenções de remessas, a CBP exige que os importadores apresentem documentação confirmando que seus produtos não foram produzidos por meio de trabalho forçado. Embora essa iniciativa tenha se concentrado inicialmente em commodities como algodão, tomates e polissilício (usado em painéis solares), ela foi expandida recentemente para incluir baterias, pneus, alumínio e aço.
Aumentar a vigilância sobre os produtos destinados às fábricas de automóveis nos EUA pode ter implicações para as montadoras, que agora estão sob pressão para garantir que suas cadeias de suprimentos estejam limpas de quaisquer associações a trabalho forçado. Isso é particularmente relevante dado o complexo processo de fabricação automotiva e a necessidade de demonstrar transparência em relação às origens de suas peças.
A aplicação da Lei Uigur de Prevenção ao Trabalho Forçado (UFLPA) está sendo acompanhada de perto, com empresas automotivas e defensores dos direitos humanos observando de perto como essa iniciativa se desenrolará. Embora as detenções em relação a produtos automotivos ainda sejam relativamente limitadas em comparação com outras áreas, elas sinalizam a crescente importância de eliminar quaisquer gestos de trabalho forçado nas cadeias de suprimentos globalmente.
