sexta-feira, maio 17, 2024
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Promissores remédios para tratar Alzheimer e polemico quanto a raça humana.

Tratamentos inovadores para a doença de Alzheimer estão levantando questões sobre sua eficácia em diferentes populações. Dois medicamentos, Leqembi (desenvolvido por Eisai e Biogen) e donanemab (um tratamento experimental da Eli Lilly), oferecem esperança para retardar a progressão da doença fatal que afeta 6,5 milhões de americanos.

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Promissores remédios para tratar Alzheimer e polemico quanto a raça humana. 1

No entanto, especialistas apontam que esses tratamentos podem beneficiar mais os brancos do que os negros americanos, uma vez que os ensaios clínicos excluíram, em maior proporção, os negros e, em menor grau, os hispânicos. A exclusão se deve ao baixo teor de beta-amiloide no cérebro, uma proteína associada à doença de Alzheimer, o que inviabilizou a participação de potenciais voluntários negros com sintomas iniciais da doença.

Apesar de os negros americanos mais velhos apresentarem o dobro da taxa de demência em comparação aos brancos, suas representações nos ensaios clínicos foram muito baixas, gerando preocupações sobre a aplicabilidade desses tratamentos para grupos de maior risco.

Essa disparidade levanta a questão de se os pacientes negros estão sofrendo de demência por outras causas que não a doença de Alzheimer, ou se a doença se manifesta de forma diferente em diferentes populações com altas taxas de condições crônicas.

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Promissores remédios para tratar Alzheimer e polemico quanto a raça humana. 2

A inclusão insuficiente de populações diversas em ensaios clínicos não é exclusiva desses tratamentos, sendo uma tendência comum em pesquisas médicas. As empresas farmacêuticas e a FDA estão cientes da importância de aumentar a diversidade nas pesquisas e encorajam a inclusão de diversos grupos étnicos em seus ensaios.

A crescente evidência das diferenças nos níveis de beta-amiloide e suas implicações levanta a necessidade de uma melhor compreensão da doença de Alzheimer em diferentes populações, a fim de garantir que tratamentos eficazes estejam disponíveis para todos os grupos em risco.

Além disso, fatores genéticos e socioeconômicos podem estar contribuindo para as diferenças observadas na doença de Alzheimer em diversas populações. Estudos futuros precisam investigar o papel do gene APOE4 e os fatores socioeconômicos na manifestação e progressão da doença em diferentes grupos.

Enquanto esses tratamentos inovadores oferecem esperança para a luta contra a doença de Alzheimer, é essencial garantir que eles sejam acessíveis e eficazes para todas as populações afetadas pela doença. Isso requer uma abordagem mais inclusiva nas pesquisas médicas e um entendimento aprofundado dos fatores que contribuem para as disparidades de saúde observadas em diferentes grupos.

Agnaldo

Após décadas no mundo do Business, fornecer informação se tornou meu Hobby preferido, pois tenho aprendido a conviver melhor com as diferenças"

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